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Crises do capitalismo

 Fatores O sistema é instável  As contradições são inerentes ao sistema As crises surgem a partir do esgotamento de um ciclo de crescimento. Esse esgotamento do crescimento pode ser chamado de crise de superacumulação. Consequências No interior de uma crise um novo regime de  acumulação é gestado com objetivo de superar a crise. Isso ocorre a partir do desenvolvimento de novas tecnologias, formas de organização do trabalho e no uso de novas políticas econômicas. Objetiva-se com isso, acelerar novamente o ciclo de rotação do capital. Entre as consequências da ascensão de um novo regime de acumulação, David Harvey do livro "A condição pós-moderna" destaca a reestruturação do espaço, visível na renovação da morfologia urbana como forma de acelerar o ciclo de rotação do capital.  Com a ascensão de um novo regime de acumulação mudamos a forma como representamos o mundo e a nós mesmos.  Inglaterra 1847-1848 Crise no setor ferroviário inglês e do EUA 1870 Nos EUA a uti...

Teorias socioeconômicos

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Socialistas utópicos Defendem uma sociedade justa. Pensam que a partir de negociações, reivindicações e por filantropia é possível chegar a essa sociedade. Não são a favor da revolução. Principais nomes: Saint Simon, Charles Fourier e Robert Owen Falanstérios (comunidades idealizadas por Fourier) O termo Falanstério refere-se as comunidades idealizadas pelo filósofo Charles Fourier. Nos falanstérios as organizações comunais deveriam ser harmônicas e descentralizadas. Nelas cada trabalhador deveria exercer suas funções conformes suas paixões e vocações. A  Falange Norte-americana foi um dos falanstérios erguidos nos Estados Unidos no século XIX. Fonte: https://casadasaranhas.com/2020/05/15/4066/ Socialistas científicos São a favor da revolução para construção de uma sociedade sem classes e sem propriedade privada.  Acreditam no desenvolvimento e progresso do espírito humano (razão). Afirmam que o capitalismo é alienador, explorador e antidemocrático.  Principais nomes: Kar...

Luta pela Terra

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Concentração de terras  A concentração de terras no Brasil relaciona-se ao processo histórico de colonização. Para compreender esse processo basta lembrar a divisão territorial do país em 1530 em 14 Capitanias Hereditárias.  O processo de concentração continua sua estruturação com a Lei de terras de 1850 que reorganiza o mercado imobiliário ao substituir o sistema de sesmaria e estabelecer a propriedade privada da terra. A Lei de terras foi aprovada no mesmo ano em que foi abolido o tráfico negreiro para o Brasil. Nesse período observa-se também o crescimento da entrada de imigrantes no país. Com o acesso a terra passando a acorrer mediante compra, os novos colonos e escravos libertos deveriam acessar a terra mediante pagamento ou se contentar a trabalhar como colono nas fazendas de café.  De acordo com José de S. Martins do livro “O cativeiro da terra” de 1979, antes da Lei de terras de 1850 o negro e o indígena eram cativos (sem liberdade) e a terra era livre, distribuí...

Modernização da agricultura brasileira

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Nos anos 50 e 60, a Revolução Verde impulsionou um avanço significativo nas técnicas agrícolas, com a introdução de fertilizantes, agrotóxicos e maquinário modernos. Essa transformação, apoiada pelos Estados Unidos e outras nações desenvolvidas por meio da ONU, visava aumentar a produção de alimentos em países como México e Paquistão. Embora tenha resultado em um aumento considerável da produção agrícola, a Revolução Verde não alterou a concentração de terras característica dos países em desenvolvimento. A priorização da produção para exportação, em detrimento da agricultura familiar, contribuiu para aprofundar as desigualdades sociais e ambientais. Em um cenário de Revolução Verde observa-se no Brasil a transição dos Complexos Rurais para os Complexos Agroindustriais (CAIs). Complexos rurais → técnicas arcaicas de produção, predomínio do sistema de colonato/morada. CAIs → integração de capitais (rural e industrial); trabalho assalariado (temporário), a residência do trabalhador pass...